25 de setembro de 2007

Por que três ?

Uma epidemia atacou hollywood. A febre da trilogia. Um estilo de história muito pouco usado no passado se tornou a coqueluche dos estúdios de cinema para conseguirem arrancar mais lucro da audiência. Não basta ser um filme, tem que ser três! Se forem três filmes bons, não há problema, mas todos nós sabemos que os roteiristas e diretores balançam as pernas quando preparam suas continuações. Os problemas são diversos e atrapalham todos os setores. Alguns deles acabam deixando um gosto estranho na boca do espectador, fazendo com que ele se pergunte "valia a pena fazer tudo isso?"

Nenhum outro tipo de arte prende seu público mais que o cinema, então por que eles querem mais tempo? A resposta para essa pergunta é um tanto óbvia. Contar uma história maior. Mas será que tem tanta história assim? A linha entre desenvolvimento e enrolação é tênue demais e ultrapassada várias vezes, porêm eles continuam a transformar filmes em "séries de cinema", respondendo muitas perguntas em filmes diferentes, tudo para você gastar seu rico dinheiro.

Há quem diga que isso é culpa do estilo de cinema de hoje, mas não é. Em A Profecia (The Omen, 1976), esse é um problema que acompanha todo o terceiro filme da série. Enquanto Damien passa sua infância e pré-adolescência "tocando o terrô", sua fase adulta pode ser comparada a um simples CEO inescrupuloso de uma multi-nacional com alguns poderes paranormais. Não há muito o que se dizer sobre ele nem o que mostrar, já que seu passado e história é mostrado nos primeiros filmes.

A grande diferença para hoje é, na verdade, o intuito de se fazer os filmes. Com os estúdios disponibilizando bilhões para as super-produções, é muito simples conseguir as duas continuações mesmo sem que elas sejam necessárias. Outros já começam sabendo do seu destino e conseguem um planejamento melhor, mas acabam caindo na repetição excessiva e cansaço, como aconteceu em Homem-Aranha. Mas o pior erro ainda é aquele em que, mesmo com um filme que funciona perfeitamente sozinho, insiste em criar novos elementos e continuações para conseguir mais dinheiro. O grande problema por trás de Matrix.

Mas ainda há esperança. Apesar de poucas, algumas trilogias realmente funcionam muito bem como filmes separados. É o caso Poderoso Chefão, Senhor dos Anéis, Star Wars... Filmes que se completam e adicionam material para ser um só no final, consiso e bem lapidado. Sem pontas soltas ou buracos de roteiro. É disso que o cinema de hoje precisa.

2 comentários:

  1. Anônimo8:06 PM

    Enfim, não se fazem mais filmes como antigamente. Diante da terrível frustração - talvez até traumatizante - decorrente do Homem Aranha 3 e de X-Men 3, eu não posso deixar de concordar com suas palavras.

    Assustador mesmo é que sempre podem haver as partes 4 dos filmes. Acha difícil? Alien Ressurection está aí para provar...

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  2. bah, faz aniversário junto comigo, deve ser gente boa então. :B

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